sexta-feira, 9 de abril de 2010

Uma vez escoteiro...




"Levei seis anos de minha infância com um lenço enrolado no pescoço, flor-de-lis na
lapela e pureza no coração, para descobrir que não passava de um candidato à solidão.
Alguma coisa ficou, é verdade: a certeza de que posso a qualquer momento arrumar a
minha mochila, encher de água o meu cantil e partir.
Afinal de contas aprendi mesmo a seguir uma trilha, a estar sempre alerta, a ser sozinho,
fui escoteiro —
e uma vez escoteiro, sempre escoteiro".

Fernando Sabino.